sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tudo Meio Parado.

Galera, tô correndo muito por causa da faculdade e do trabalho, por isso os fanzines e as ilustrações andam meio parados, mas as férias estão chegando e eu volto a ativa. Tô cheio de idéias novas, só me falta um tempinho. Vittor Passos, Julio Silva e eu estamos trabalhando num projeto novo. Tá tudo ainda no começo, mas se tudo der certo vai rolar e vai ser muito legal. Percebi que ainda tem muito que aprender, principalmente em ilustração. Vou voltar a estudar. Um abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

A esperaça também dança como monstros de um filme japonês



Eu nunca sinto o impacto real coisas no momento exato no qual elas se chocam contra mim. Não, nunca! Na hora fica tudo tranqüilo. É a calmaria antes da tempestade.
Quando nos separamos, eu senti nada. Não fiquei bem nem mal. Nada. Foi assim durante os dias que se seguiram. Até sentir uma forte vontade de vê-la, beijá-la, de estar com ela. Fui procurá-la. Disse o quanto sentia sua falta e lhe pedi um beijo. Ela disse não. Foi ai, só nesse momento, que percebi que estava sonzinho. Era a tempestade. Era só um beijo como tantos outros que ela me deu sem nunca me cobrar nada. Ela disse não. Era o tal impacto real das tais coisas. O impacto que sempre chega atrasado pra mostrar que você não vai cair por que a sua cara já está no chão. Nunca senti uma dor tão terrível. A dor do que não tem concerto. A dor do fim absoluto.
Ela me procurou, voltamos. Fui tomado por uma felicidade indescritível. Era o golpe final. Você diz para o seu inimigo que vai deixá-lo viver e depois o mata sem piedade. Ela foi embora. Eu fiquei sozinho no escuro.
A esperança também dança como monstros de um filme japonês.
Sinto-me velho e feio. Sinto-me como realmente sou, centenário aos 27. Como se não tivesse mas tempo. Ela era a única coisa viva e jovem que eu tinha. A única coisa que me fazia levantar. Ela foi embora e a primeira conseqüência que sofri foi uma terrível crise de criatividade. Tirei todas as notas baixas possível na faculdade, deixei de fazer todos os trabalhos que poderiam me ajudar. Vou perder minha bolsa de estudos. Lutei tanto pra consegui-la. Fico pensando como, simplesmente, outro ser humano pode influenciar tanto a sua vida.
Bem, sempre fui muito bom em começar do zero, em levantar depois das mais terríveis quedas. Essa é a mais terrível. Já são mil noites mal dormidas.
Bom, agora tenho mais tempo para ficar comigo mesmo. Um grande amigo disse isso uma vez. Ficar comigo mesmo, mesmo que seja no escuro.
Sei que pode parecer ridículo, mas terminar este desenho foi uma vitória. Superação! Desde que toda essa confusão começou, eu não conseguia escrever, estudar ou desenhar. Os esboços ficaram durante muito tempo no fundo da gaveta. Está pronto e só eu sei o quanto foi difícil.