terça-feira, 17 de novembro de 2009

Alice (outra vez) na sala de aula

Estou lendo Alice no País do Espelho. Me apaixonei por essa personagem. Desde de que li Alice no País das Maravilhas que ela não me sai da cabeça. Alice, Alice, Alice... Tô morrendo de medo da adaptação do Tim Burton. Tomara q ele não estrague tudo. Ele vai estragar tudo!

domingo, 1 de novembro de 2009

Sem recursos.



Ainda não tenho uma mesa digitalizadora, continuo fazendo tudo no mouse. Fica tudo meio limitado, como voces podem ver, mas pretendo comprar uma em breve, o mais rápido possível. Essa ilustração eu fiz para divulgação do grupo de RAP Neoliticos. Eu gostei apesar das dificuldades.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Tudo Meio Parado.

Galera, tô correndo muito por causa da faculdade e do trabalho, por isso os fanzines e as ilustrações andam meio parados, mas as férias estão chegando e eu volto a ativa. Tô cheio de idéias novas, só me falta um tempinho. Vittor Passos, Julio Silva e eu estamos trabalhando num projeto novo. Tá tudo ainda no começo, mas se tudo der certo vai rolar e vai ser muito legal. Percebi que ainda tem muito que aprender, principalmente em ilustração. Vou voltar a estudar. Um abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

A esperaça também dança como monstros de um filme japonês



Eu nunca sinto o impacto real coisas no momento exato no qual elas se chocam contra mim. Não, nunca! Na hora fica tudo tranqüilo. É a calmaria antes da tempestade.
Quando nos separamos, eu senti nada. Não fiquei bem nem mal. Nada. Foi assim durante os dias que se seguiram. Até sentir uma forte vontade de vê-la, beijá-la, de estar com ela. Fui procurá-la. Disse o quanto sentia sua falta e lhe pedi um beijo. Ela disse não. Foi ai, só nesse momento, que percebi que estava sonzinho. Era a tempestade. Era só um beijo como tantos outros que ela me deu sem nunca me cobrar nada. Ela disse não. Era o tal impacto real das tais coisas. O impacto que sempre chega atrasado pra mostrar que você não vai cair por que a sua cara já está no chão. Nunca senti uma dor tão terrível. A dor do que não tem concerto. A dor do fim absoluto.
Ela me procurou, voltamos. Fui tomado por uma felicidade indescritível. Era o golpe final. Você diz para o seu inimigo que vai deixá-lo viver e depois o mata sem piedade. Ela foi embora. Eu fiquei sozinho no escuro.
A esperança também dança como monstros de um filme japonês.
Sinto-me velho e feio. Sinto-me como realmente sou, centenário aos 27. Como se não tivesse mas tempo. Ela era a única coisa viva e jovem que eu tinha. A única coisa que me fazia levantar. Ela foi embora e a primeira conseqüência que sofri foi uma terrível crise de criatividade. Tirei todas as notas baixas possível na faculdade, deixei de fazer todos os trabalhos que poderiam me ajudar. Vou perder minha bolsa de estudos. Lutei tanto pra consegui-la. Fico pensando como, simplesmente, outro ser humano pode influenciar tanto a sua vida.
Bem, sempre fui muito bom em começar do zero, em levantar depois das mais terríveis quedas. Essa é a mais terrível. Já são mil noites mal dormidas.
Bom, agora tenho mais tempo para ficar comigo mesmo. Um grande amigo disse isso uma vez. Ficar comigo mesmo, mesmo que seja no escuro.
Sei que pode parecer ridículo, mas terminar este desenho foi uma vitória. Superação! Desde que toda essa confusão começou, eu não conseguia escrever, estudar ou desenhar. Os esboços ficaram durante muito tempo no fundo da gaveta. Está pronto e só eu sei o quanto foi difícil.

domingo, 27 de setembro de 2009

O Mago dos 15 Minutos


Um dia desses participei de uma palestra, lá na faculdade, sobre criação de personagens para games. No meio da palestra, o palestrando pediu que desenhassemos, em 15 minutos, um mago de rpg. Essa coisa aí em cima é o meu mago.

Mais Uma Vez


Ás vezes é melhor deixar a onda passar
Ás vezes é melhor virar a página e recomeçar tudo de novo, tudo de novo mais uma vez!
Ás vezes é melhor sorrir, imaginar
Ás vezes é melhor não insistir, deixar rolar
E tratar as sombras com ternura, o medo com ternura e esperar...
Ás vezes é melhor deixar o grito escapar
Ás vezes é melhor perder o controle e desabar, e quebrar todas as promessas e atacar! Ás vezes é melhor deixar a onda passar
Ás vezes é melhor virar a página e recomeçar tudo de novo, tudo de novo mais uma vez!
Ás vezes é melhor sorrir, imaginar
Ás vezes é melhor não insistir, deixar rolar
E tratar as sombras com ternura, o medo com ternura e esperar...
Ás vezes é melhor deixar o grito escapar
Ás vezes é melhor perder o controle e desabar, e quebrar todas as promessas e atacar!
e quebrar todas as promessas, todas as promessas!

sábado, 26 de setembro de 2009

Mais Coca-Cola


Tô participando do precesso seletivo se uma empresa de contact center, e adivinhem o q eles servem na hora do lanche... Eu mereço! É realmente o fim!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Minha relação com Deus


Quando vi este desenho, não consegui parar de rir. Tá muito parecido comigo. Foi o meu grande amigo, o Rei do Desenho, Jonathan Navarro quem fez. Valeu Jonathan, gostei muito. kkkkkkk...

domingo, 20 de setembro de 2009

Pásmem! Gugu me fez beber Coca-Cola.

Da úlima vez que falei com a Karla, ela me disse que na manhã do dia em que o Peter se enforcou com o fio do telefone, ele comeu uma fatia de mortadela. Isso seria muito normal se Peter não fosse vegetariano. O cara amava os animais e odiava qualquer pessoa que maltratasse um cachorro de rua. Ele, com esse gesto, comer uma fatia de mortadela, estava dizendo pra ela que ia morrer.
Percebo que quando sua vida vira um enorme monte de merda, certas coisas, que você acredita e defende, passam a não fazer sentido. Parei de beber Coca-Cola aos 17 anos por um monte de motivos que talvez eu explique numa outra ocasião, mas o importante é que hoje tenho 27 anos e minha vida se tornou um enorme monte de merda e não beber Coca-Cola, pelo menos hoje, 20/09/2009, me pareceu algo sem sentido. Eu até achei legal, mas acho que não faria de novo.
Ah, o cara da foto é o meu grande amigo Gugu. Esse maldito!

Rebeca Num Dia Ruim

sábado, 19 de setembro de 2009

Rebeca e o coyote-cobrinha (mais uma vez eu não estava prestando atenção na aula)


O coyote-cobrinha é um animal fantástico criado pelo genial intelecto da Rebeca. Ele é uma cobra de pequeno porte (uma cobrinha) com uma cabeça de coyote, daí o nome coyote-cobrinha. Rebeca é... Bem... Hum... A Rebeca é a Rebeca, mesmo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Fita K-7


Lembro das fichas telefônicas, dos LPs do A-HA e do Trem da Alegria, lembro dos Transformers, Comandos em Ação e SOS Comando, do Ferrorama, do Atari, do balanço de corda e da rede, dos Tundercats e do Jaspion, da minha lagartixa de borracha, do Rambo, do Robocop e da Loucademia de Polícia, lembro do Freddy Krueger e do Brinquedo Assassino, lembro da Lambada, dos filmes dos Trapalhões, do Playcenter, do bolo de aniversário em forma de campo de futebol, da bunda da Lígia e das brigas, dos primeiros desenhos, da Joyce, da Juliana e da quadrilha, lembro do Wellington, das estórias de terror que minha vó nos contava, da Mara Maravilha, da Xuxa e do Bozo , me lembro da novela Vamp, do meu pai e da câmera fotográfica, lembro da minha tia Isabel e do Pica-Pau (ela adorava), dos caranguejos eremitas, lembro da Íris, da pré-escola, do periquito Julieta, do Tex, lembro da foto com o chapéu de vaqueiro, da Daniele, do Marcos e da Mônica, lembro da cerração, das dores de cabeça, lembro do remédio, do vômito no ônibus, das visitas ao hospital, lembro da minha mãe chorando, das crianças que apontavam pra mim na rua, lembro de quando quebrei, por vingança, a nave do Buba do Henrique (se arrependimento matasse), lembro dos seios da Cristiane...

A galera da faculdade e eu na VISÃO de Jonathan Navarro. Acho que na hora de me desenhar a VISÃO dele embaçou. KKKKK...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Meu Professor É o Cara!


Suzano de Aquino Guimarães


Concluiu o Mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2007). Possui Bacharelado e Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). É Membro-Fundador da SHB - Sociedade Hegel Brasileira (www.hegelbrasil.org). Realiza pesquisas em "Fundamentos Metafísicos da Ação Humana" enquanto integrante do Grupo de Pesquisa A Polissemia da Ação Humana e na "Fenomenologia do Espírito" enquanto integrante do Grupo de Pesquisa Inter - Institucional - O Sistema Hegeliano. Atualmente é professor de graduação da AESO - Faculdades Integradas Barros Melo e da Faculdade Metropolitana da Grande Recife. Orientou 04 trabalhos de conclusão de curso de graduação em Filosofia e 01 de especialização em Filosofia. Orientou também 01 trabalho escrito premiado de Ensino Médio. Tem experiência com Monitoria, Iniciação Científica e Educação de Jovens e Adultos em programas institucionais da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência também como Elaborador de Itens para a Gerência de Avaliação da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco, como Professor-Substituto do Centro de Educação e do Colégio de Aplicação e como Professor em Cursos de Extensão (Aperfeiçoamento e Especialização) da Universidade Federal de Pernambuco. Atua na área de Filosofia e Educação com ênfase na "Dialética do Reconhecimento" de Hegel. Num falei que ele é o cara?

A Estética É Um Besouro

quarta-feira, 29 de julho de 2009

terça-feira, 19 de maio de 2009

Algo sobre Fanzines por Edgard Guimarães


O que é Fanzine?



De um modo geral o fanzine é toda publicação feita pelo fã. Seu nome vem da contração de duas palavras inglesas e significa literalmente 'revista do fã' (fanatic magazine). Alguns estudiosos do assunto consideram fanzine somente a publicação que traz textos, informações, matérias sobre algum assunto. Quando a publicação traz produção artística inédita seria chamada Revista Alternativa. No entanto, o termo fanzine se disseminou de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação que tenha caráter amador, que seja feita sem intenção de lucro, pela simples paixão pelo assunto enfocado.
Assim, são fanzines as publicações que trazem textos diversos, histórias em quadrinhos do editor e dos leitores, reprodução de HQs antigas, poesias, divulgação de bandas independentes, contos, colagens, experimentações gráficas, enfim, tudo que o editor julgar interessante.
Os fanzines são o resultado da iniciativa e esforço de pessoas que se propõem a veicular produções artísticas ou informações sobre elas, que possam ser reproduzidas e enviadas a outras pessoas, fora das estruturas comerciais de produção cultural.



O que não é Fanzine!


Obviamente as revistas profissionais que são vendidas nas bancas não são fanzines. O principal fator de diferenciação é uma conseqüência do fato de terem grandes tiragens e darem lucro. A revista profissional é feita em função de um mercado preexistente. Como precisa vender para se sustentar, a revista profissional tenta oferecer aquilo que uma parcela do público leitor quer, ou seja, a revista profissional é feita em função do leitor. O fanzine, ao contrário, é a forma de expressão do editor, ou grupo de editores. O que define a pauta do fanzine é aquilo que seu editor deseja compartilhar com seus leitores. O fanzine é caracterizado pela independência do editor. E uma das garantias desta independência é que muitas vezes o editor mantém o fanzine arcando com seus prejuízos.
Outra característica do fanzine é que este está intimamente ligado à atividade cultural, à sua divulgação e ao prazer de se estar envolvido nela. Os fanzines podem ser de música, poesia, cinema, quadrinhos, literatura etc. Não são fanzines os diversos boletins e informativos de associações comerciais, de ordens religiosas, de organizações e empresas diversas, mesmo que muitas vezes estes boletins sejam mantidos dando prejuízo.
Fanzine é revista, ou seja, uma publicação impressa em que cada leitor pode ter seu exemplar, como denota o 'magazine' que forma seu nome. Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia, a palavra fanzine já está sendo usada em trabalhos que não estão na forma de revista, mas que trazem o tipo de material encontrado nos fanzines impressos. É o caso de páginas na Internet ou CD-ROMs que são chamados de fanzine eletrônico.



Quando começou?


No Brasil, o primeiro fanzine de que se tem registro é o Ficção, criado por Edson Rontani, em Piracicaba (SP), em 1965. Nesta época usava-se o termo "boletim" para designar as publicações amadoras, o termo fanzine só começou a ser usado a partir de meados da década de 70. A motivação de Edson Rontani foi manter contato com outros colecionadores de revistas de quadrinhos para venda e troca de revistas. Mas já no primeiro número, Edson coloca diversos textos informativos e uma importantíssima relação das revistas de quadrinhos publicadas no Brasil desde 1905.



Por que fazer Fanzine?


Há vários motivos que levam uma pessoa a fazer um fanzine. O motivo que está na origem do surgimento do fanzine é o fato da pessoa ser fã de algum assunto (um personagem de HQ, um ídolo de cinema etc) e querer manter contato com outros aficionados. Às vezes, a iniciativa começa com a criação de um fã-clube que depois produz um boletim. Muitas vezes o editor deseja compartilhar com outros interessados o material de sua coleção. Alguns autores desejam divulgar sua própria expressão artística e o fanzine é o veículo. Muitas vezes, o autor não tem intenção de aumentar sua tiragem, mas sim produzir apenas para um círculo de amigos que tem interesse naquele tipo de manifestação artística. Outros autores buscam a profissionalização e o fanzine é o meio de mostrar seu trabalho para outras pessoas ou para os editores profissionais, e ao mesmo tempo um estímulo para produzir e aprimorar o trabalho. Em resumo, o editor precisa ter algo a dizer e a disposição para materializar este desejo na forma de fanzine, e contatar outras pessoas com interesses comuns.


Como fazer?


A produção de um fanzine abrange as etapas que começam com a iniciativa de editar, passa pelo trabalho de definir linha editorial, conseguir o material a ser editado, manter contato com colaboradores, montar a edição, conseguir a impressão, até chegar ao resultado final que é a edição impressa. A elaboração dos originais da edição depende principalmente da visão do editor, sua capacidade de criar, de contatar outros criadores, de organizar todo o material disponível. A edição será reflexo da formação cultural do editor. Todo tipo de material é válido para compor a edição (HQs, poesias, contos, fotos, ilustrações, colagens etc).
Obviamente, o resultado também dependerá dos recursos materiais que o editor tiver disponíveis, como máquina de escrever, computadores, scanners etc, mas estes não são os ingredientes mais importantes na feitura da edição. O que caracteriza primordialmente um fanzine é a personalidade que seu editor lhe imprime.



Álbum pode ser Fanzine?



Embora, de um modo geral, os fanzines sejam edições mais modestas quanto à forma, pois dificilmente seu editor tem recursos financeiros para custear edições mais caras, regularmente aparecem verdadeiros álbuns no meio independente. A apresentação com alta qualidade gráfica não descaracteriza o fanzine, pois continua sendo uma edição feita com espírito independente.



Há pirataria em Fanzine?



Uma característica bastante presente nos fanzines é a republicação de material de outras publicações. A maior incidência é de histórias em quadrinhos antigas retiradas de revistas das décadas passadas, histórias em quadrinhos estrangeiras não publicadas no Brasil, textos e reportagens tirados de revistas, livros e jornais antigos ou atuais etc. Esta atitude poderia ser chamada de pirataria, e muitos editores até se referem a ela por este nome, pois o termo tem um apelo romântico desde os romances de corsários de séculos atrás. Assim o nome "pirata" tem aparecido em títulos de fanzines, nomes de seções e mesmo em pseudônimo de editor. No entanto, para desilusão dos românticos, esta atitude dos editores não tem nada de contravenção. A edição de fanzines não é uma atividade em que o editor, ao republicar material de autoria de outros, estivesse obtendo benefícios às custas destes trabalhos. Pelo contrário, são raros os fanzines em que a receita consiga alcançar a despesa, sendo que muitas vezes a distribuição dos exemplares é gratuita para um círculo de amigos. O que move o editor de fanzine é o desejo de compartilhar com outras pessoas todo tipo de material a que teve acesso e que considera importante a divulgação a outros interessados. Dentro deste espírito, muitas vezes o editor realiza verdadeiras expedições arqueológicas para trazer a público, ainda que infelizmente a um público muito reduzido, verdadeiros tesouros perdidos em publicações há muito esquecidas. O ponto central da questão é que os fanzines, de forma desinteressada, têm feito um serviço de resgate e difusão de aspectos da cultura muitas vezes negligenciados tanto pelas empresas editoras quanto pelos órgãos governamentais.



Qual a importância dos fanzines?


A primeira e maior importância dos fanzines é a cultural. Ou seja, os fanzines, de um jeito ou de outro, em maior ou menor grau, serão incorporados à cultura brasileira. Também é importante para a formação e amadurecimento de artistas. Nos aspectos crítico e informativo, a liberdade criativa dos fanzines permite a veiculação de trabalhos mais isentos e com maior profundidade. Muito importante é a iniciativa de resgate de trabalhos e autores brasileiros e estrangeiros feito pelos editores de fanzine. A inexistência de um mercado profissional estável para o quadrinhista brasileiro desestimula tanto a produção dos artistas já maduros quanto o desenvolvimento de novos talentos na área. Os fanzines têm promovido, mesmo que de forma bastante limitada, a produção de quadrinhos brasileiros através do incentivo da publicação, mesmo não remunerada e de alcance restrito. Por fim, são também importantes a satisfação pessoal dos editores e colaboradores de estarem divulgando seus trabalhos, ou a ampliação de amizades entre os que participam desse mundo dos fanzines.



Qual a qualidade dos fanzines?



A avaliação de fanzines não pode ser feita usando os mesmos critérios usados para avaliar trabalhos veiculados nas publicações profissionais. Muitas vezes o fanzine é uma obra extremamente pessoal, feita seguindo diretrizes muito próprias do editor e dirigida a um grupo específico de leitores. Com tantas especificidades, a obra está fora da capacidade de apreciação de quem não pertença ao grupo. Em alguns casos, o Fanzine é resultado da expressão de pessoas muito jovens, cujos trabalhos não têm maturidade artística, e não seria honesto avaliá-los pelos mesmos critérios usados nos trabalhos profissionais. Ao contrário, a atitude a ser tomada em relação a quem está procurando achar seu caminho artístico, aprendendo e evoluindo, deve ser de orientação e principalmente incentivo. Há, contudo, no meio independente, artistas completos, produzindo trabalhos que resistem à avaliação segundo critérios profissionais, tanto que uma parcela significativa das melhores HQs e revistas produzidas no Brasil nos últimos trinta anos se encontram no meio independente.



Quem é o autor?



EDGARD GUIMARÃES colabora com fanzines desde 1979 com textos sobre quadrinhos, cartuns, ilustrações e HQs. Em 1982, lançou o primeiro número de seu fanzine PSIU. Nos anos seguintes publicou outras edições como PSIU Mudo, Deus, Eco Lógico, os livretos Na Ponta da Língua e O Escroteiro Entrevistado (em parceria com Laudo), os livros Rubens Lucchetti & Nico Rosso e Desenquadro. A partir de 1993, começou a editar junto com Worney A. Souza o Informativo de Quadrinhos Independentes, de divulgação de fanzines.
Fez palestras e participou de debates sobre fanzines e HQs em eventos em Curitiba, Piracicaba, Araxá, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Santos, Recife e Belo Horizonte.
Recebeu o Troféu Risco pelo 'Melhor Fanzine Especial' em 88, o Prêmio Jayme Cortez, de incentivo aos quadrinhos, em 93, 94, 95, 96 e 99, e o Troféu Angelo Agostini de 'Melhor Fanzine' em 95, 96, 97 e 99.
Participou do livro As Histórias em Quadrinhos no Brasil - Teoria e Prática, com texto teórico sobre fanzine.

segunda-feira, 18 de maio de 2009